quarta-feira, 31 de março de 2010

O platônico Sr. X

O que leva alguém a amar, a esquecer os defeitos, ficar boba de paixão por alguém impossível?
Não digo aqueles irreais, animados ou televisisvos, cantores pop's, maaas, aqueles do nosso convívio.O amigo mais velho do irmão, o TDB do 3º ano, ou até mesmo aquele homem beem mais velho.
Falo isso por mim, não que eu tenha virado uma vedete alucinada e quase psicopata, que segue o cara para descobrir seu endereço ou faz milhares de loucuras mirabolantes por um único telefone.
Só que aqueles suspiros espontâneos e melosos, que ninguém entende o "porque"., acabam por momentaneamente tomar conta de mim.
  Tem um professor na minha escola, que podemos chamar de "Sr. X", que nem é tão bonito, livre, desempedido ou perfeito. Mas seu jeito de falar, agir, tratar as pessoas meio que mexe comigo. Não, eu não sou louca de amores por ele, e muito menos acredito que tenha alguma chance para o futuro. Mas só de pensar em seu nome, a matéria cria asas, e por mais complicada e chata que seja, se torna algo agradável.
Fico pensando nesses momentos, se o que eu sinto seja , admiração. pois eu não tenho desejo, não vejo seu corpo de forma ardente,  não que não seja atraente, mas não me causa esse "calor" todo. Ou mesmo simpatia, que como dizem, é quase amor... Adorar, quem sabe?
Ain, ou bestice de adolescente mesmo, não sei, não sei, "só sei que nada sei".
Bem, daqui há uns anos lembrarei desses tempos, no qual, o casamento, os filhos, não fazem diferença no fim de um amor. No qual, o platonicismo, não passa de algo anônimo e singelo, no qual a inocência, simplesmente, transparece aos olhos.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Botão de pó

Numa tarde de outono,  avistei de dentro do ônibus, lá longe, uma árvore.Essa, só galhos devido à estação, mas num canto, quase que escondido, se encontrava um botão de Ipê.
Ele parecia que lutava contra o vento e a chuva para manter-se intacto, para esperar seu desabrochar. E foi assim que acontceu com Uni, uma menina em plena puberdade. Cheia de deslumbramentos, curiosidades e dúvidas.
Desde pequena, ela sempre foi fascinada por maquiagem. No comeõ, não saía de casa sem batom e as unhas pintadas. Com o tempo, Uni foi crescendo, e seu, digamos, vício, só aumentou. Com as espinhas, seu "kit" adquiriu base, corretivo, pó compacto, e por aí vai. E nem adiantava dizer que tanto pó só ia entupir seus poros. Sua mãe, mesmo que de brincadeira, diversas vezes chegava a perguntar:
- Esqueci até como é seu rosto minha filha!
Uni, não se abalava, não conseguia mais viver sem essa máscara. Uni, não se aceitava, e todo dias implantava mais um cosmético na sua coleção. Mesmo que fosse inconsciente, ela acabava fazendo isso, por puro desejo de se penetrar no padrão, o padrão de massa da beleza.
Mas por dentro ela era como um botão de flor, no qual só se vê a supérfície, que se usa como escudo dos problemas. faltava a ela, perceber o quão uma flor aberta irradia beleza, o quão uma flor aberta é forte. E como já dizia seu nome, é UNIca.

903

Na verdade, bem no fundo eu sinto, meio que um vazio. Esse, que cada dia eu tento encobrir, não mentindo para mim mesma, mas acho que, me situando com a realidade.
Conforme os dias se passam, e se repetem, eles começam a poderem ser chamado de rotina, e essa, vai fazendo com que as relações progridam.
Bem, 3 anos, são mais ou menos 600 dias de convívio, 600 dias que podemos chamar de rotina, de dia-a-dia. E mesmo com seus conflitos acaba sendo integrado na dita "normalidade", a gente, ou pelo menos eu, acabo me acostumando, me acomodando.
Tudo bem, concordo que mudanças fazem bem, trazem novas experiências, nos apresentaam novas pessoas, fazem com que acabamos nos conheçamos melhor, afinal, as próprias influências mudam.
Mas não sei, a ficha só ta caindo agora, é, isso menos, eu tive de esperar quase 3 semanas para COMEÇAR a acreditar que tudo vai ser diferente.Acho que esse meu vazio não é bem solidão, mas sim medo. Medo de perder as relações antes conquistadas, de ter de me esforçar mais, de ter de arranjar forças para enfrentar as paredes que nos separam, medo de progredir mais esse ano... medo de muitas coisas.
Bem, nada vai conseguir mudar o que ficou, e a cada dia que passa outra nova rotina vai se formando. E a vida é assim, acho. Repleta  de mudanças, bruscas ou não, esperadas, ou não. Quem sabe esse seja um outro tipo de modelo, de rotina. Quem sabe, como tantas outras eu me acostume, me acomode.
Enfim, quem sabe...

domingo, 7 de março de 2010

Formspring.me

Desde o ano passado começou uma certa ``onda`` de perguntas.
Primeiro, o orkut começou a se encher de links, meu MSN ficou lotado de pedidos e minhas conversas meio que não conseguiam fugir desse assunto.Eram súplicas para lá, interrogações para cá, uma loucura só.
Hoje em dia, é raro alguém que não tenha embarcado nessa mania... Mas e depois? Depois que todos se cansarem e outra coisa tomar esse lugar?Para onde vai a curiosidade, as perguntas sem resposta, o direito de manter-se anônimo e perguntar qualquer coisa a qualquer um?
Talvez esse seja o problema.Restringir esse direito a crianças de 7 anos, se negar a ouvir as perguntas, e assim, nem se dar ao trabalho de procurar por respostas.
Mas, eu também faço parte disso, dessa ditadura que nos cobre com uma neblina de valores que não nos permite pensar racionalmente, nem nos permite mostrar que somos assim, repletos de perguntas esperando soluções, respostas.
Bem, pena que é só uma onda, que como no mar, vai e volta, que no mesmo embalo que chega, passa.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Balança

Passado o Carnaval com toda a sua alegria, e astral, que com certeza esse ano se superou pela explosão de emoções que cada ano se renovam ao pisar o pé na Passarela do Samba. Bem, como dizem "o ano só começa mesmo depois do Carnaval",e agora, nesse fim de férias digo adeus as manhãs livres, as semanas de praia, aos filmes semanais, as férias. E recebo o recomeço de um ano letivo cheeeeeeio de espectativas e desejos.
1º dia de aula sempre é assim, cheeeia de novidades, sonhos renovados, memórias, histórias.
Ah, como isso me fascina (:
Noooossa e como eu to animada, ansiosa, para a minha turma, para a minha sala, para as provas, para TUDO! Ain, é essa a época em que as espectativas seeempre passam à beira da perfeição.
Esse "espero que seja assim" é tão estimulante, mas no fim, acaba sendo tão, sla... decepcionante talvez.
Ta aí o problema, esperar demais. Esperar demais das pessoas, das coisas, da Vida.
Isso acaba ofuscando o  brilho das conquistas, ou até o início de um sonho.
Bem, prefiro pensar positivo e para evitar taaantas complicações,
acho que minha maior meta para 2010 é essa simples, junção do esperado e do racional.
Esse simples equillíbrio.